sexta-feira, 20 de abril de 2012

PRESERVAÇÃO: O MAIOR PROGRESSO


       Se os rios são dos peixes e o céu é do Condor, hoje, podemos dizer com convicção e alegria: o Talhadão é do povo!

       Tenho orgulho de trabalhar com Bruno Covas. Político novo não só na idade, mas na postura, comportamento e visão de mundo. Durante meses conversamos, a portas fechadas e abertas, sobre o impacto ambiental das hidrelétricas que a Encalso pleiteou implantar na nossa região. Em nenhum momento Bruno se esquivou de entender melhor o que estava acontecendo e o porquê de tanto barulho envolvendo tais projetos. Semanalmente o municiei com informações, tirei dúvidas e expliquei detalhes destas que não são duas cachoeiras comuns, mas duas das últimas reservas verde azul da nossa região.
       A partir do zelo e preocupação do jovem secretário, que contrariou o juízo de muita gente, me lancei totalmente à luta intransigente à causa. Foi quando tivemos o 1º contato com representantes da AMERTP (Associação de Defesa do Talhadão e Foz do Preto), liderados pela advogada Gisele Paschoeto. O encontro foi solicitado pelo deputado federal Vaz de Lima. Apesar de produtiva, a reunião mostrou que a causa carecia de mais operários e maior engajamento social. Ao fim da reunião sugeri que trouxéssemos à luta o bispo dom Paulo Mendes Peixoto. No dia seguinte conversei pessoalmente com dom Paulo, que aceitou o desafio de levantar a bandeira em favor das cachoeiras da nobre causa. A partir disso não ganhamos somente as igrejas e os espaços públicos, mas a mente e o coração de milhares de pessoas.
       Hoje peixes, árvores centenárias e espécies nativas não estão mais ameaçados. Pelo menos não pela construção de usinas hidrelétricas. Isso é o que assegura a decisão que tomamos ontem, em São Paulo, com aval e apoio do secretário Bruno Covas. Decisão esta que mudou o curso das coisas e, naturalmente, as colocou em seu devido lugar, o de assegurar a vida de milhares de peixes, plantas e animais.
Essa luta, encabeçada pela sociedade civil organizada, é simbólica e nos lembrará que urdi uma nova geração de cidadãos e políticos que querem e vão fazer a diferença. Ela, assim como as águas do Talhadão, quer e pode fazer da vida pública algo cada vez mais insípido, limpo e transparente.

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