quarta-feira, 29 de agosto de 2012

SÍNDROME DOS VINTE E POUCOS ANOS



       Quando eu era criança, sonhava em ser médico. Depois, jogador de futebol. Depois, radialista. Depois, tudo isso junto. Santa fase inocente cujo único compromisso era não ter compromisso com nada...
       Quem não tem lembranças da época em que a maior preocupação era a lição de casa depois da escola? Com vinte e poucos anos olho pelo retrovisor da vida com a viva sensação de que a palavra saudade tem tradução e se chama "inocência".
       A chamam de "crise do Quarto de Vida". Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões (trabalho, estudo, namorado). As multidões já não são tão divertidas, e às vezes até lhe incomodam. E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante. Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu, e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.
       Ri com mais vontade e chora com menos lágrimas (e mais dor). Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou talvez, à noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos, e alguns até começam a se casar. Talvez você também realmente ame alguém, mas simplesmente não tem certeza se está preparado para se comprometer pelo resto da vida. Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado e agir como um idiota começa a parecer realmente estúpido. Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário.
       Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou talvez esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo, e isso lhe dá um pouco de medo. Dia-a-dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes. Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal.
       Às vezes você se sente genial e invencível, outras, apenas com medo e confuso. De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando. Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro, e com construir uma vida para você. Todos nós que temos vinte e tantos gostaríamos de voltar aos 15 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça… Mas todos dizem que é a melhor época de nossas vidas! E não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos. Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16…
       (A maior parte desse texto é atribuído a autor desconhecido. Encontrei na internet e resolvi acrescentar minhas ideias às dele).

terça-feira, 28 de agosto de 2012

COMO É BOM VIVER AQUI



       Apresento os Dez mandamentos para uma cidade combalida, de Sérgio Kon. Ao assumi-los como regra de conduta pessoal, convido você a assumi-los também. Assim, juntos, faremos a nossa parte para que Rio Preto continue a crescer da única maneira que os rio-pretenses admitem: que é a de ao mesmo tempo trabalhar para o crescimento de São Paulo e do Brasil. Recicle seu voto. Novas atitudes para novos tempos. 

Serás um cidadão solidário; darás valor aos interesses coletivos; serás sensível às necessidades de seus semelhantes.

Não descuidarás de teu ambiente. Cuidarás de mantê-lo sempre limpo e seguro; nunca o poluirás e nunca deixarás que o degradem.

Não vilipendiarás o espaço público.

Obedecerás às leis, exigirás reformas, permanecerás crítico e ativo.

Respeitarás teu próximo e teu distante. Nada farás que incomodará a ti mesmo, como cidadão.

Exigirás teu lugar na tua cidade. Tomarás o espaço público também como teu.

Lutarás pela recuperação da paisagem natural de tua cidade.

Respeitarás o ambiente público como público. Exigirás das autoridades públicas o cumprimento de seu deveres na fiscalização, manutenção e melhoria de sua cidade.

Circularás a pé pelo bairro onde moras e onde trabalhas. Frequentarás seus bares, as lojas, os restaurantes, cinemas, teatros, museus, galerias. Privilegiarás a rua como 
lugar de passeio e convívio.

Nunca desistirás de tua cidade.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

ESTÁ DIFÍCIL RESPIRAR POR ESSES DIAS?

       No Estado de São Paulo morrem mais pessoas com problemas respiratórios do que por consequências do HIV, Hepatite, etc. Em Rio Preto a situação não é diferente. Apesar dos esforços públicos temos, ainda, um dos piores índices de qualidade do ar do Brasil. O ser humano respira 15 Kg de ar por dia, sendo que consome 2 Kg de água e 1,5 Kg de alimentos. Quase que instintivamente temos a capacidade de aferir a qualidade da água e dos alimentos que ingerimos. Imediatamente podemos escolher aqueles que desejamos consumir. Porém, não temos alternativa de optar por este, esse ou aquele Ar.
       Esta semana a Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar registrou concentração média diária de 77 micrograma/m³ em Rio Preto. As novas diretivas da OMS recomendam 50 microgramas/m³ como média diária. Toda a área urbana central foi tomada por uma densa fumaça proveniente de poluição automotiva, queimadas urbanas e rurais. Essa situação tem-se agravado com as baixas concentrações de umidade do ar.
Há mais de 30 dias não chove em Rio Preto. Os serviços de saúde tem registrado grande número de crianças e idosos acometidos por problemas respiratórios, não raro, muitos são levados a óbito por esses problemas.
       Para amenizar essa situação, que prejudica silenciosamente a saúde de todos os moradores da região de Rio Preto, vou propor a institucionalização de um Comitê Gestor de Qualidade do Ar. Terá a função de acompanhar a qualidade do ar, com objetivo, entre outros, de propor soluções e elaborar ações que visem à melhoria da qualidade do nosso ar, diminuindo as queimadas irresponsáveis (inclusive a domiciliar), que incentive o uso consciente do automóvel e o engajamento do cidadão na luta contra a poluição. O Comitê deverá ser regional, já que este não é um problema que afeta Rio Preto isoladamente. A gestão seria da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria das seguintes instituições: Cetesb, Bombeiros, secretarias municipais de saúde, secretarias municipais de trânsito e meio ambiente, além de conselhos de meio ambiente dos municípios da região. 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

#MW45010

       Defendemos uma cidade mais politizada e conectada aos atos de seus homens públicos. Vamos trabalhar para que a transparência deixe de ser uma falsa virtude e passe a ser obrigação em todos os atos do Legislativo. Para isso priorizamos, dentro das nossas propostas de campanha, a criação do Parlamento Jovem.
        Rio Preto tem mais de 100 mil jovens entre 15 e 29 anos. Mais que a população inteira de Votuporanga, por exemplo. Isso representa 25% do número de moradores da nossa cidade. Porém, não há políticas públicas específicas que venham ao encontro dessa faixa etária. Vamos incentivar projetos de música nas praças e periferias da cidade, descentralização das atividades esportivas e fomento ao teatro, dança, cinema e tudo que agregue formação cultural e paralelamente ofereça opções de lazer ao jovem e à comunidade em que ele está inserido. Reconhecemos que só isso, porém, não basta. Vamos propor ações que incentivem a participação da juventude na vida pública. O Parlamento Jovem será criado como iniciativa de aproximar a Câmara Municipal da sociedade rio-pretense. E nada melhor do que oferecer à juventude a oportunidade de conhecer o Poder Legislativo, o cotidiano da Casa de Leis, suas funções, os vereadores e todas as suas atividades dentro do princípio de legislar, fiscalizar e representar nossa cidade.
        Envolver jovens estudantes na discussão dos problemas da sociedade e na elaboração de propostas para solucioná-los é, sem dúvida, uma das mais eficientes maneiras de inseri-los na vida política e de mostrar-lhes que cidadania se constrói com participação efetiva, com apreço ao diálogo, com respeito à opinião dos outros, com responsabilidade.
        Acreditamos que este é o melhor caminho para a formação de cidadãos envolvidos com sua comunidade e a solidificação de uma cidade mais democrática, justa e solidária.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

ESCOLA, ALMOXARIFE DE GENTE


       Olha eu aí, abraçado por tia Dercy, minha professora da 1a série (Escola Estadual João Jorge Sabino, no Parque Estoril). Deixo aqui a ela, e todos os professores que já passaram pela minha vida, essa simples homenagem, em época em que a educação tem muito o que se orgulhar, mas pouco a comemorar.
        Ser professor é ser muito mais que se possa imaginar. Ser professor, apesar de tudo, é plantar no coração de de seus alunos a convicção de que eles podem ser alguém na escola da vida. Assim como a política não necessita mais de políticos, mas de estadistas, a educação não precisa de simples professores, mas de mártires.
       Não existem respostas fáceis para perguntas difíceis. Mas as condições aí colocadas exigem que o professor se transforme num verdadeiro herói da educação. Não quero, entretanto, nesta abordagem, tecer as mesmas e velhas críticas à escola pública brasileira. Quero apenas expor, à sombra da tragédia em que vem se tornando o ensino público, alguns pontos sobre a realidade atual da educação.
       Repensar a função do professor e da escola como instrumento de reconstrução do indivíduo, a partir daquilo que para ele é realmente importante, ou seja, dentro do que ele vive, é vital para derrubarmos uma cultura cada vez mais desumana.
       Formar pessoas felizes parece utópico e a escola tem se distanciado dessa premissa. Mas ela só abandona esse princípio fundamental porque os outros campos da vida humana abandonaram antes. Talvez seja utópico imaginar que vamos com isso transformar grande parte dos problemas hediondos, cada vez mais comuns nos tempos atuais.
       De qualquer forma se amor, cumplicidade, fraternidade e melhores condições de trabalho aos professores não forem disciplinas e ações de primeira hora, a tendência é que a realidade continue a engessar nossas esperanças e assassinar sonhos que sequer chegaram a nascer. Os sonhos nascem na infância, e é lá que estamos matando a nossa sociedade.
        Formar seres humanos felizes é o maior desafio da educação. Mas educação só tem sentido se começar em casa, com pais atentos, participativos, amorosos que, necessariamente, não terceirizem aos professores, a única função que um pai deve ter: ajudar seus filhos a crescerem prontos e preparados para os grandes vestibulares da vida.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

PALESTRA PARQUE ESTORIL


       Cobertura da palestra sobre educação ambiental que eu e Bruno Covas realizamos no bairro Parque Estoril, em Rio Preto.

domingo, 12 de agosto de 2012

SAUDADE DO QUE NÃO VIVI


       Não o conheci, mas profundamente o amei e o amo a cada dia. Das muitas memórias da infância a vontade de ganhar uma bicicleta se confundia com o desejo de um abraço. O dia dos pais era sempre confuso, eu nunca sabia o que fazer direito com as lembrancinhas artesanais que fazíamos na escola. Olhava para um lado, olhava para o outro, e não foram raras vezes em que não entendia o porquê dele não estar ali. Não o conheci, mas só fisicamente. Lembro das histórias que me contam, dos gestos que para mim relembram, dos fatos que detalhadamente alguém sempre narra.
       Ele não tem o nome no Google, nem em livros, nem no Guinness. Não precisa. Seus exemplos, legado e postura ecoam na eternidade da sua curta história, me fazendo lembrar da onde vim e aonde posso chegar se preservar o que me deixou.
Papai, um dia vamos nos ver face a face. Relembraremos as histórias que não vivemos e o jogo de futebol que não assistimos. A discussão que não tivemos e as vitórias que não comemoramos. As broncas que não me deu e os abraços que não pude te dar. Os conselhos que não recebi e as histórias que não me contou. Mas enquanto esse dia não chega, sigo firme com a meta de ser, um dia, pelo menos um pouco de tudo o que você foi, é, e sempre será. Porque o amor nunca morre. Feliz dia dos pais!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

PALESTRA CRECHE JOÃO PAULO II


       Ontem ministrei palestra sobre meio ambiente na Creche João Paulo II. Cerca de 90 professoras estiveram presentes e dialogaram comigo a respeito do tema "Nós e o Desenvolvimento Sustentável".