Vivemos um fenômeno, um paradoxo interessante: nunca estivemos tão conectados e, ao mesmo tempo, tão distantes. Nunca antes na história da humanidade tivemos tantos canais e formas de comunicação e, paradoxalmente, o número de solteiros não para de crescer. Para o público feminino as estatísticas são ainda mais desesperançadas. Só no Brasil temos 4 milhões de mulheres a mais do que homens. Em Rio Preto são quase 20 mil.
Voltando ao assunto, mesmo que neguemos, na era da individualidade crônica a qual vivemos, estamos constantemente na busca do grande amor. Até quando vamos à feira comprar pastel ou ao supermercado buscar produtos de limpeza. Sonhamos em ser surpreendidos, a qualquer momento, por quem tenha a rara capacidade de nos surpreender.
O legal de tudo, em meio a essa frenética voluntária ou inconsciente busca, é que, apesar das mágoas e decepções do passado, mantemos adormecidas – mas vivas – no presente, as expectativas em relação à companhia com a qual queremos dividir o futuro. E isso, é o mínimo que podemos esperar e fazer pela vida. Podemos até tentar, mas, como dizia Tom Jobim, “é impossível ser feliz sozinho”.
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