Nem as físicas, nem as psicológicas: a grande doença do século XXI é a “falta de sentido à vida”. Não há, na sociedade pós-moderna, uma explicação para a crise geral em que vivemos, que não passe pela morte dos nossos sonhos.
Não foram apenas os valores, princípios e sorrisos gratuitos que se perderam no cotidiano desta sociedade muito louca. Matamos também as nossas metas p...essoais e, com o extermínio delas, fica difícil saber aonde queremos chegar. Abordo nas linhas a seguir, inspirado nas visitas que tenho feito a casas de recuperação e grupos de jovens ligados principalmente à Igreja Católica, um tema no mínimo delicado. Participei também, recentemente, de debate sobre família e drogas, onde ficou evidente o óbvio: ou enfraquecemos a curiosidade dos nossos filhos em buscarem a felicidade artificial e momentânea dos entorpecentes ou eles levarão ao nossos para lugares escuros e muitas vezes sem volta.
É sabida a necessidade de se investir em educação, segurança, saúde e vida digna. Os esforços políticos e sociais devem necessariamente se voltar para esta guerra ao qual se transformou a luta pela dignidade humana, principalmente nas megalópoles. Mas é sabido também que o Estado não substitui a família e enquanto esta estiver ruindo, quem arcará com a conta – financeira, inclusive – somos nós.
A recorrente discussão sobre a descriminalização da maconha tem feito a cabeça de políticos que não vêem nela tanto mal assim. Normalmente essas mesmas cabeças que defendem a descriminalização de qualquer tipo de droga são as mesmas que, em privado e muito dissimuladamente, as usa. Logo, tem muita gente por aí legislando em causa própria.
A descriminalização de qualquer entorpecente não pode ser observada a partir de uma lógica individual ou subjetiva. É legítimo o direito de defender o que quer que seja, porém deve-se despir do individual ao pensar que o que defendo não é necessariamente o que o outro precisa. Sugiro, porém, que os arautos mais apaixonados acerca desta defesa visitem as clínicas de recuperação e conversem com as mães em desespero. Quase 100% delas afirmam que tudo começou com um simples cigarro ou um copo de cerveja.
É sabida a necessidade de se investir em educação, segurança, saúde e vida digna. Os esforços políticos e sociais devem necessariamente se voltar para esta guerra ao qual se transformou a luta pela dignidade humana, principalmente nas megalópoles. Mas é sabido também que o Estado não substitui a família e enquanto esta estiver ruindo, quem arcará com a conta – financeira, inclusive – somos nós.
A recorrente discussão sobre a descriminalização da maconha tem feito a cabeça de políticos que não vêem nela tanto mal assim. Normalmente essas mesmas cabeças que defendem a descriminalização de qualquer tipo de droga são as mesmas que, em privado e muito dissimuladamente, as usa. Logo, tem muita gente por aí legislando em causa própria.
A descriminalização de qualquer entorpecente não pode ser observada a partir de uma lógica individual ou subjetiva. É legítimo o direito de defender o que quer que seja, porém deve-se despir do individual ao pensar que o que defendo não é necessariamente o que o outro precisa. Sugiro, porém, que os arautos mais apaixonados acerca desta defesa visitem as clínicas de recuperação e conversem com as mães em desespero. Quase 100% delas afirmam que tudo começou com um simples cigarro ou um copo de cerveja.
Por ser proibida, a maconha representa uma simbologia, uma quebra de paradigma na qual o jovem que a usa já não teme mais a lei, e por ser teoricamente inofensiva, não teme também os efeitos da droga no organismo.
Um dos argumentos clássicos para que seja descriminalizada no Brasil é o da licitude da bebida e do cigarro. Ou seja, se não pode com o inimigo, “junte-se a ele”. É melhor admitir que perdemos a guerra e, assim, marchar agora pela maconha e depois pela cocaína.
Agregar mais uma droga ao grande catálogo ópio à disposição de dependentes em potencial não irá resolver, nem de longe, um problema cada vez mais exposto, indissolúvel e coletivo. Com isso, só vamos admitir a nossa falta de competência para administrar a única coisa pela qual somos responsáveis: nossa própria existência. Não que a vida tenha perdido a graça, mas nós, aos poucos, estamos jogando fora a graça de viver.
Agregar mais uma droga ao grande catálogo ópio à disposição de dependentes em potencial não irá resolver, nem de longe, um problema cada vez mais exposto, indissolúvel e coletivo. Com isso, só vamos admitir a nossa falta de competência para administrar a única coisa pela qual somos responsáveis: nossa própria existência. Não que a vida tenha perdido a graça, mas nós, aos poucos, estamos jogando fora a graça de viver.

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