Por duas vezes já assisti o filme O Palhaço, com Selton Mello. Resolvi dar uma requentada neste texto, escrito ano passado, só pra lembrar vocês que vale muito à pena conferir esta obra incrível do cinema brasileiro. Fica minha dica!
Já fui esperando muito. E encontrei muito mais do que esperava. A primeira impressão é a que fica, mas no caso do filme O Palhaço, de Selton Mello, todas as impressões permanecem. A obra resgata a magia de um circo que, por falta de recursos financeiros ou consciência, não utiliza animais em seus espetáculos. Se falta exploração, sobram piadas. A graça do palhaço sem graça nos conduz a sorrisos tão ingênuos quanto fáceis.
Em meio a fotografias espetacularmente simples, a película, que nos remete aos anos 80, ainda encontra espaço para criticar a corrupção. Presente na vida humana desde gênesis, ela aparece no filme quando o delegado (genialmente interpretado por Moacir Franco) e o mecânico se aproveitam da situação dos artistas para, ao modo brasileiro de tirar uma casquinha, levarem vantagem sobre o desespero alheio.
O artista, para se consagrar, tem de dialogar através de suas obras. Selton Mello não. Ele encanta a partir de suas surpresas. Seu talento é a própria personificação de seu trabalho, que quanto mais simples, mais emociona.
No filme, Selton atua na pele de Benjamint, o palhaço-protagonista, filho do dono do circo. Nas cenas que nos faz rir, está triste, e nas cenas em que ri, nos faz chorar.
O filme mostra a necessidade de resgate do circo, encantador e alegre, pelo simples fato de ser a casa do palhaço, que há décadas simboliza gratuitamente o sorriso inocente que perdemos há muito. Magia ofuscada pelos grandes espetáculos aos que a tecnologia nos acostumou.
Com muita simplicidade e ousadia, o filme resgata valores fincados em vontades pessoais de transformação do personagem principal. A mudança que nasce da insatisfação, gera a indignação e termina na ação que nunca acaba. Ao mesmo tempo, com sensibilidade, a obra nos lembra que no picadeiro da vida, palhaço e público são um só, às vezes e contraditoriamente, os últimos que riem e os primeiros que choram.
Já fui esperando muito. E encontrei muito mais do que esperava. A primeira impressão é a que fica, mas no caso do filme O Palhaço, de Selton Mello, todas as impressões permanecem. A obra resgata a magia de um circo que, por falta de recursos financeiros ou consciência, não utiliza animais em seus espetáculos. Se falta exploração, sobram piadas. A graça do palhaço sem graça nos conduz a sorrisos tão ingênuos quanto fáceis.
Em meio a fotografias espetacularmente simples, a película, que nos remete aos anos 80, ainda encontra espaço para criticar a corrupção. Presente na vida humana desde gênesis, ela aparece no filme quando o delegado (genialmente interpretado por Moacir Franco) e o mecânico se aproveitam da situação dos artistas para, ao modo brasileiro de tirar uma casquinha, levarem vantagem sobre o desespero alheio.
O artista, para se consagrar, tem de dialogar através de suas obras. Selton Mello não. Ele encanta a partir de suas surpresas. Seu talento é a própria personificação de seu trabalho, que quanto mais simples, mais emociona.
No filme, Selton atua na pele de Benjamint, o palhaço-protagonista, filho do dono do circo. Nas cenas que nos faz rir, está triste, e nas cenas em que ri, nos faz chorar.
O filme mostra a necessidade de resgate do circo, encantador e alegre, pelo simples fato de ser a casa do palhaço, que há décadas simboliza gratuitamente o sorriso inocente que perdemos há muito. Magia ofuscada pelos grandes espetáculos aos que a tecnologia nos acostumou.
Com muita simplicidade e ousadia, o filme resgata valores fincados em vontades pessoais de transformação do personagem principal. A mudança que nasce da insatisfação, gera a indignação e termina na ação que nunca acaba. Ao mesmo tempo, com sensibilidade, a obra nos lembra que no picadeiro da vida, palhaço e público são um só, às vezes e contraditoriamente, os últimos que riem e os primeiros que choram.

Nenhum comentário:
Postar um comentário